“A relação entre a igreja e o positivismo na configuração da ética tradicional do serviço social no brasil”
Com base nas leituras de Maria Lúcia Barroco e Raul de Carvalho, a profissão de serviço social era regida por valores de base positivistas, na década de 40, o Serviço Social chega ao Brasil como capitalismo tardio, tendo como base inicial a igreja, que são valores neotomistas. A formação profissional do Assistente Social neste período era baseada na influência do pensamento europeu, limitado a uma formação essencialmente pessoal e moral, numa base doutrinária, centrado numa perspectiva conservadora, no entanto para conhecer a realidade social com um caráter conservador, é através do pensamento social da Igreja e o positivismo. É interessante notar que nos primeiros capítulos os textos resaltam que,a profissão de Serviço Social é hegemonicamente feminina, as primeiras assistentes sociais formadas eram regidas por valores morais, advindos da religião. A igreja e o positivismo são distintos, porém o que é comum a ambos é a forma de enfrentamento das expressões da questão social através da moralização, ambas as correntes irão culpabilizar o individuo, retirando a culpa do sistema.
O serviço social é uma profissão historicamente feminina de origem católica, as mulheres são as primeiras a ingressar nas escolas de serviço social, com pensamento direcionado a classe dominante e padrões moral conservador na sua formação. Maria Lúcia Barroca enfatiza o conservadorismo moral, onde este vai se expressando na profissão como alienação moral, sendo impostos comportamentos morais estabelecidos como corretos, que se forem violados ocasiona o desvio, trazendo danos para ordem.Raul de Carvalho diz que, o serviço social se legitima com as classes que se manifestam, principalmente por organizações e movimentos criados pela igreja católica, tendo em vista que, o serviço social, não se baseará em medidas emanada do Estado.Contudo a partir das reivindicações de direitos por