as institualização do serviço social
Unidade II
5 A ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE 1936 A
1945
A fim de sintonizar o contexto sócio-histórico que permeou a primeira escola de serviço social em São
Paulo, um passear na história brasileira realizou-se a fim de justificar a emergência da institucionalização do serviço social.
5.1 Contexto histórico – décadas de 1910, 1920 e 1930
Esse período foi marcado por um processo de diferenciação econômica: expansão da lavoura cafeeira, tímido desabrochar da indústria, aceleramento do processo de urbanização e emergência de um mercado interno. Esse cenário faz despontar uma estrutura social mais complexa, em que surgem novos atores: o crescimento das camadas médias urbanas, a constituição do proletariado e da burguesia industrial, o incremento da imigração europeia, a crescente organização e autonomia das Forças Armadas. Disso resulta a ampliação nas bases de representatividade do sistema vigente.
Agreguem-se a isso a tensão entre as aspirações políticas dos novos atores e o poder das oligarquias agroexportadoras, a efervescência ideológica em virtude dos conflitos sociais, a ocorrência de greves operárias. Em 1922 presencia-se a concretização da inquietude cultural e estética com a Semana da Arte
Moderna, a fundação do Partido Comunista do Brasil e a agitação nos quartéis, colocando em cena os movimentos tenentistas.
A Igreja, excluída de programas e soluções para esse contexto sociopolítico, reage em face à ameaça de ser marginalizada do processo político nacional. A reação católica assumiu posição de destaque no contexto brasileiro, configurando-se um importante núcleo aglutinador da sociedade civil (estratos médios e superiores).
O primeiro sinal mais vigoroso de oposição ao espírito acomodatício da Igreja, e que se converte no baluarte da “reação católica”, é a carta pastoral de 1916, de Dom Leme, recém-nomeado arcebispo da diocese de Olinda e Recife.
Há uma crise de ordem moral, sendo a solução a