A relação entre planejamento estratégico e organizações mecanicistas
As organizações modernas atuam em um modelo que conhecemos como rotinização. Nesse modelo, determinadas organizações funcionam ininterruptamente por todo o dia, entenda-se aqui 24 horas, todos os dias do ano e um turno de trabalho consegue substituir o outro de forma metódica e ininterrupta.
Segundo Morgan (1996), as organizações planejadas e operadas como se fossem máquinas são chamadas de burocracias. A maior contribuição à Teoria da Burocracia foi feita pelo sociólogo alemão Max Weber que observou os paralelos entre e mecanização da indústria e a proliferação das formas burocráticas de organização, concluindo que as formas burocráticas rotinizam os processos de administração exatamente como a máquina rotiniza a produção. A mecanização baseia-se em reduzir procedimentos complexos a conjuntos de movimentos separados que podem ser mecanicamente reproduzidos à vontade.
Na Teoria Clássica da administração também encontramos aspectos mecanicistas. Quando os teóricos clássicos projetaram a organização a pensaram como uma máquina concebida por partes, com cargos altamente definidos, padrões de autoridade e alta resistência, subordinação, onde tudo deve funcionar perfeitamente sendo seguidos tais padrões.
Ainda na concepção de Morgan (1996), algumas organizações têm um sucesso espetacular usando o modelo mecanicista, e cita o exemplo da cadeia de hambúrgueres McDonald’s que conseguiu estabelecer sólida reputação de excelente desempenho na indústria de refeições rápidas. A empresa mecanizou todos os seus pontos de franquia em todo o mundo, de tal maneira que cada um destes pontos pode produzir um produto uniforme.
Este modelo de administrar funciona bem em ambientes estáveis, quando se produz sempre o mesmo produto com tarefas contínuas e, principalmente, quando há a submissão das pessoas aos processos planejados, estando aqui um de seus pontos fracos.
Os enfoques mecanicistas também possuem