A relação do apetite com os hormônios grelina e leptina
Diferentes alimentos contém proporções distintas de proteínas, carboidratos, lipídios, sais minerais e vitaminas e é preciso um equilíbrio apropriado entre esses tipos de alimentos para que todo o metabolismo possa ser suprido com os nutrientes necessários. Dessa forma, existem dois hormônios que atuam no controle do apetite, a grelina e a leptina.
Esses hormônios controladores do apetite e do metabolismo a curto ou longo prazo agem predominantemente numa região do hipotálamo conhecida como núcleo arqueado, o centro no qual reside o controle-mestre dos sistemas regulatórios. Para o núcleo arqueado convergem dois tipos de neurônios que exercem ações opostas: estimulação e inibição do apetite.
A leptina é um hormônio produzido no tecido adiposo e apresenta um efeito depressor da sensação de fome. Sob condições basais, os níveis de leptina circulante estão correlacionados com a massa gorda e diminuem após perda de peso. Em humanos, a leptina está associada ao peso corporal, ao índice de massa corporal e ao percentual de gordura corporal, sendo que uma falha na produção de leptina ou uma resistência à sua ação pode resultar em aumento de peso corporal. A percepção de uma redução dos níveis de leptina aumenta a ingestão de alimentos, bem como minimiza o gasto energético, além de regular a função neuroendócrina e o metabolismo de glicose e de gorduras, sendo portanto a responsável pela sensação de saciedade. Os níveis de leptina não são alterados pelas refeições, e não alteram muito o tamanho das mesmas, além de contribuir também no desenvolvimento da obesidade, já que taxas plasmáticas no obeso são proporcionais à sua massa de tecido adiposo.
A grelina é um hormônio liberado,