A Reforma Na Natureza
Na verdade, Emília não quis ir porque estava encucada com a reforma da natureza. Com a ajuda de Rã, sua amiga do Rio de Janeiro, ela criou o passarinho-ninho; o livro comestível; o porco magro (testado no Rabicó); o sei-lá-que-animal-é-esse (testado no Quindim); o bule que apita; usaram as forças centrífuga e centrípeta para manipular a cadeira de balanço de Dona Benta e a cama de Narizinho; colocaram as abóboras na jabuticabeira e as jabuticabas no pé de abóbora; o pernilongo cantor; a gaiola de cabelo; as pulgas moles e paradas no meio do ar; moscas sem asas; a reforma na vaca mocha; reforma na personalidade das borboletas azuis...
Quando Dona Benta voltou, Emília perdeu quase tudo. Mas, com a ajuda de Visconde, fez sua re-reforma da natureza: fez enxertos in anima vile ("em animais vagabundos"), em formiga, grilo, minhoca, pulga e centopéia. Graças a isso, e uma ajuda das aulas sobre glândulas (as glândulas tireóide e pituitária), fizeram insetos gigantes, pulga que pulava à 220 metros de altura, e a "noventaequatropéia" (centopéia de noventa e quatro pernas), e minhoca de seis pernas, e muito mais coisas. A cabecinha de Emília borbulha de ideias. Por isso, enquanto a turma viaja à Europa para resolver os problemas causados pela Segunda Guerra Mundial, ela promove uma reforma nos animais e nas árvores frutíferas, fazendo do Sítio o lugar mais curioso do mundo. Aqui você vai descobrir tudo sobre mais esta estripulia da boneca! [fonte: contracapa do livro]
Para Emília, o mundo não passa de uma grande “trapalhada”. Tudo está errado. Por que o Rabicó tem rabo em forma de