A Reforma Agr Ria

A Reforma Agrária é, basicamente, a redistribuição mais justa da terra e gera até hoje muita polêmica e comoção social.
Existem registros de Roma, há mais de 2000 anos, através de Tibério e Caio Graco, com a reforma agrária clássica, buscando distribuição massiva de terras.
Na Idade Média, o assunto foi demasiadamente esquecido, mas na Idade Moderna, especialmente com a Revolução Frances, ganhou novos valores e voltou a ser tema de discussões.
Também na Idade Moderna, ocorreu a Revolução Industrial, que causou o desaparecimento de pequenos estabelecimentos agrícolas.
Já na Segunda Guerra Mundial, a Reforma Agrária ganhou determinado valor e chegou a ocorrer em países como EUA, Japão, Bolívia, Coréia do Sul, China, Egito, Europa Oriental e outros. Nos anos 70, ela passa a ser uma questão de justiça social.
NO BRASIL
Desde o descobrimento do Brasil, é um tema polêmico, se iniciando a partir das capitanias hereditárias.
Com a independência em 1822, nenhuma lei específica sobre distribuição de terras foi criada.
Em 1850, surge o Primeiro Código de Terras do Brasil e elabora-se a Lei de Terras, onde as terras haviam de ser registradas, mas que ainda não impunha restruturações fundiárias.
Em 1950, surgem as Ligas Camponesas do Governo Federal e a Superintendência de Reforma Agrária (SUPRA), combatidos pelo regime militar, que criou órgãos que normatizavam o sistema de Reforma Agrária no Brasil; porém ainda não havia um plano nacional para a pauta de Reforma Agrária.
Em 1970, com o decreto nº 1.110, criou-se o instituto que ainda hoje é responsável pelas questões agrárias no país, o INCRA (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária).
A Reforma Agrária se mantém estagnada por alguns anos, mas em 1996 passa a ser diretamente vinculada a Presidência da República.
Em 2000, com o decreto 3.338, criou-se o MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), órgão responsável pela política de reforma agrária atual, incorporando também o INCRA em sua estrutura.