A reeducação dos internos no sistema prisional brasileiro
O sistema penal brasileiro é um dos maiores e também um dos mais complexos do mundo. A situação em que se encontra esse sistema é preocupante: celas superlotadas, péssimas condições de higiene, atendimento medico insuficiente, etc. Essa é a atualidade dos presídios brasileiros, país que “aparentemente” deseja resolver o problema da criminalidade retirando dos detentos os direitos e a dignidade, decisão esta ineficaz, visto que dentro dos presídios ocorrem assassinatos, abusos de poder e as tão comentadas rebeliões que revelam o descontentamento dos detentos com o sistema prisional onde estão inseridos e com a praticamente ausência de direitos humanos. Fato é que as penitenciárias não contribuem para a reeducação do preso, mas alimentam a revolta e a falta de auto- estima dessas pessoas que cometeram crimes.
Segundo Bauman, os presos são os menos importantes, o que realmente importa são os muros que os separam da sociedade, o que remete-nos o outro lado da situação: o preconceito e o despreparo da sociedade para conviver como ex detentos. Uma conseqüência dessa visão da sociedade para com estes é a reincidência criminal dos que são libertados. Por um lado o sistema prisional não os reeduca para voltar à sociedade, por outro, a sociedade não os aceitam quando eles voltam. Bauman afirma que os presídios são depósitos de lixo permanente, visto que retornar a sociedade e permanecer nela é quase impossível, mas o retorno a prisão esperado, já que esses não encontram condições de sobrevivência fora do crime.
O fato da maioria dos presos serem jovens torna ainda mais urgente o desenvolvimento de políticas de reeducação e de possibilidades de trabalho, pois assim essa população poderia desenvolver uma vida produtiva futuramente, ou caso contrario, serão condenados a marginalidade permanente. Vale ressaltar que uma das coisas que a pena deve propiciar é a reabilitação do individuo, possibilitando assim que