A Rede e o SER
A palavra droga usada primeiramente pelos franceses (DROGUE: ingrediente, tintura ou substância química ou farmacêutica), é definida nos dias atuais pela medicina como sendo: “qualquer substância capaz de modificar o funcionamento dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento” (OMS, 1978). Notamos deste modo que a palavra droga se refere a qualquer substância capaz de modificar um funcionamento orgânico seja essa modificação considerada medicinal ou nociva; capaz de causar à dependência, as drogas se tornaram sinônimo de coisas ruins ou de situações indesejadas.
De acordo com vários estudos o uso advém desde os povos primitivos modificando – se apenas em questões culturais de acordo com a época em que foi introduzida na sociedade, vestígios do uso de algumas substâncias como a papoula ou a dormideira foram encontrados em placas sumérias do terceiro milênio a.C., representada em cilindros babilônicos; outras drogas eram usadas na China e também na Índia para o tratamento de febre, insônia, tosse seca ou ainda como incenso na Mesopotâmia. Temos ainda estudos de que o arbusto de coca fora disseminado pelos Incas, usado para aliviar o esforço físico e mental relacionado ao trabalho, o hábito da mastigação das folhas de coca é representado em esculturas dos povos andinos.
Transformações sociais, políticas e econômicas ocorridas na baixa Idade Média representadas principalmente pela reforma religiosa, absolutismo político e expansão comercial, denominado de Renascimento cultural ocorrido entre os séculos XIV e XVI, assim como as Grandes Navegações também no século XVI, permitiram que os europeus entrassem em contato com um grande número de substâncias psicoativas introduzindo - as, progressivamente, em suas sociedades com finalidades médicas. No século XIX, Europa e Estados Unidos passaram a conviver com grande variedade de novas drogas, com as quais tinham pouca ou