A recreação como proposta educativa
“Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa”
(Platão)
“Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?”
(Guimarães Rosa)
A recreação na escola, nas turmas de educação infantil e no primeiro segmento do ensino fundamental, tem sido literalmente um bicho de 7 cabeças, um verdadeiro monstro que se mistifica cada vez mais. Esta realidade que não é uma verdade absoluta precisa mudar, pois o processo educacional não ocorre somente no campo cognitivo, mas também no afetivo e psicomotor. Em função disto é primordial que os professores destes segmentos do ensino básico, se apropriem dos conteúdos mínimos da recreação, para colocá-los em prática no seu cotidiano escolar. Entendemos que o corpo fala e esta fala nas crianças, se expressa de maneira mais clara, sincera e honesta, através das atividades lúdicas. Assim como o trabalho é de suma importância para o ser humano adulto, a brincadeira também é para a criança, e como diz o professor João Batista Freire “brincadeira é coisa séria”. Os professores da educação infantil e do primeiro segmento do ensino fundamental são generalistas e extremamente ecléticos, por isso mesmo a recreação na escola pode se tornar um conteúdo concreto em todos os sentidos e servir como um instrumento para vivencia do corpo e construção da imagem corporal, e também como elemento facilitador para o processo interdisciplinar. Para que isso aconteça é necessário um processo de autoconscientização por parte dos profissionais, para que os mesmos se apropriem dos conteúdos da recreação e os coloque em pratica. De acordo com o grande educador Paulo Freire que diz que: “Consciência não é apenas conhecer ou reconhecer, mas uma opção, decisão e um compromisso.” A recreação é um dos ou talvez o mais forte aliado do processo educacional, pois como diz o psicomotricista Betty Flichum: “se queres saber o que é uma criança estuda os