A realidade educacional desejada
Iniciaremos nosso trabalho com ideias vinculadas no texto Um Sonho (Andrade, Carlos Drummond de) adaptado e transcrito in: BOECHAT, Ivone. Uma escola que ensina amar: CNEC, 1994. Um Sonho Eu queria uma escola que cultivasse a curiosidade e a alegria de aprender o que é natural para vocês.
Eu queria uma escola que educasse seu corpo e seus movimentos, que possibilitasse seu crescimento físico e sadio normal.
Eu queria uma escola que ensinasse tudo sobre natureza, o ar a matéria, as plantas, e os animais, seu próprio corpo, Deus. Mas que ensinasse primeiro pela a observação, pela descoberta, pela experimentação.
E que dessas coisas lhe ensinasse não só a conhecer, como também a amar e preservar.
Eu queria uma escola que lhe ensinasse tudo sobre a nossa história, e a nossa terra, de uma maneira viva e atuante.
Eu queria uma escola que lhe ensinasse a vocês a usarem bem nossa língua; a pensarem e se expressarem com clareza.
Eu queria uma escola que lhe ensinasse a vocês a amarem a nossa literatura e a nossa poesia.
Eu queria uma escola que desde cedo, usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáticos, os conceitos de números as operações... usando palitos, tampinhas, pedrinhas... só porcarinhas!!!
Fazendo vocês aprenderem brincando...
Oh! Meu Deus!
Deus que livre vocês de uma escola que tenham que copiar pontos.
Deus que livre vocês de copiar sem entenderem, nomes, datas, fatos...
Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos “prontos’’ mediocremente em balados nos livros didáticos descartáveis.
Deus que livre vocês de ficarem passivos, ouvindo e repetindo e repetindo...
Eu também queria uma escola que desenvolvesse a sensibilidade que vocês já têm, para apreciar o que é treno e bonito.
Eu queria uma escola que ensinasse a vocês cooperar, a respeitar, a saber, viver numa comunidade em união.
Que lhes desse