A RAZÃO EM BUSCA DA LIBERDADE

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INTRODUÇÃO
A expansão capitalista, a crescente ascensão social da burguesia, o racionalismo europeu, o desenvolvimento da Revolução Industrial e o sucesso da ciência em campos como a química, física e matemática inspiraram filósofos de todas as partes. Desse modo disseminou-se a crença que a razão, a ciência e a tecnologia tinham condições de impulsionar o trem da história numa marcha contínua em direção à verdade e ao progresso humano.
Paralelamente, desenvolveu-se um pensamento que culminaria no movimento cultural do século XVIII denominado Iluminismo, Ilustração ou Filosofia das luzes.
Enfatizando a capacidade humana de através do uso da razão, conhecer a realidade e intervir nela, no sentido de organizá-la racionalmente, de modo a assegurar uma vida melhor para as pessoas.
Através do desenvolvimento da capacidade intelectual, havia a proposta de libertar o homem dos medos irracionais, superstições e crendices, levando-o a questionar as tradições vulgares e a construir uma nova ordem racional para a sociedade, aplicando doutrinas críticas e analíticas aos diversos campos da atividade humana, bem como os ideais de conhecimento forjados no grande racionalismo.

1 MONTESQUIEU
Jurista francês, Charles-Louis de Secondat (1689 – 1755), barão de Montesquieu, escreveu O espírito das leis. Nessa obra, formula a teoria da separação dos poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário como forma de evitar abusos dos governantes e de proteger as liberdades individuais.
Montesquieu não defendia a implantação de uma república burguesa. Suas simpatias políticas inclinavam-se para um liberalismo aristocrático, uma monarquia constitucional. Dizia que a “lei é uma relação necessária que decorre da natureza das coisas”. E que haveria grandes riscos de tirania “se uma mesma pessoa – ou uma mesma instituição do Estado – exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de ordenar a sua execução e o de julgar os conflitos entre os cidadãos.”
“Todo homem investido de

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