A Química Sustentável - Beterraba
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ptPacBJQcRU
O que vem à sua cabeça quando você pensa em Química?
Talvez milhares de componentes e moléculas e ligações misteriosas entre elementos invisíveis que se sobrepõem e dão origem a tudo, a nada, a substâncias nocivas para o homem, artificiais, letais!
Podemos pensar diferente.
A química sustentável - Beterraba
Egito, 1323 anos antes de Cristo.
O jovem faraó Tutancâmon morre aos 19 anos, possivelmente de uma combinação de malária e uma rara inflamação nos ossos.
A febre terçã ou malária já era conhecida na Antiguidade.
Acreditava-se que era transmitida pelo ar, daí o nome, em italiano: "mal aire" ou mau ar.
Somente em 1898 o médico inglês Ronald Ross descobriu que a transmissão da doença se dava por um mosquito. Mais exatamente a picada da fêmea do gênero Anopheles, que libera o protozoario parasita da malária no organismo.
A malária ainda mata muito.
Em 2010, houve 216 milhões de casos no mundo, com 655 mil mortes.
A cada 30 segundos, uma criança morre de malária.
E 90% das mortes pela doença ocorrem no continente africano.
Desenvolver um diagnóstico fácil, rápido e barato é fundamental para o combate à doença.
E uma solução para isso pode estar muito próxima, graças à... beterraba.
Esse singelo alimento, conhecido (em suas variações) desde a Antiguidade, guarda um tesouro que poderia ter salvo Tutancâmon da maldição do faraó.
Tudo começa com um pequeno aminoácido chamado TIROSINA, presente tanto na beterraba quanto os seres humanos.
Enquanto nosso corpo transforma a tirosina em L-DOPA, que por sua vez se converte em neurotransmissores importantes para nossas funções vitais, a beterraba transforma a mesma substância em um pigmento natural chamado BETANINA.
Esse pigmento é usado para colorir alimentos e tecidos de maneira completamente limpa, isto é, sem causar alergias ou danos ao meio ambiente.
Bom, você está se perguntando: mas e daí? o que fazemos com essa