A Química do chocolate
Rio de Janeiro,
2013
A QUIMICA DO CHOCOLATE
Rio de Janeiro, Novembro de 2013.
1. INTRODUÇÃO
Alguns dos prazeres mais sublimes que temos na vida só existem graças à química. Para o comprovar, hoje falamos do chocolate! O chocolate atual é o resultado de um longo processo de descobertas, experiências e inovação e durante os próximos minutos, vamos conhecer alguns passos importantes que o tornam tão delicioso! Talvez não saiba, mas a semente de cacau que é colhida do fruto está muito longe de ter o aroma e o sabor que associamos ao chocolate.
1.1. HISTORIA DO CHOCOLATE O cacaueiro, de nome científico Theobroma cacao, é uma planta nativa de uma região que vai do México, passando pela América Central, até à região tropical da América do Sul, que vem sendo cultivada desde há pelo menos três mil anos na região. Os primeiros registros de seu uso datam do período olmeca. No entanto, existem evidências que indicam cultivo anterior a esse período. Desde a sua domesticação, o cacau é usado como bebida e, depois, como ingrediente para alimentos. Durante a civilização maia, era cultivado e, a partir de suas sementes, era feita uma bebida amarga chamada xocoatl, geralmente temperada com baunilha e pimenta. O xocoatl, acreditava-se, combatia o cansaço, além de ser afrodisíaco. Alguns dos vestígios mais antigos de uma plantação de cacau foram datados de 1100 a 1 400 a.C., tendo sido encontrados em Puerto Escondido, localidade do Departamento de Cortés, em Honduras. Pelo tipo de recipientes encontrados e pela análise de seu conteúdo, concluiu-se que eram usados para produzir uma bebida alcoólica pela fermentação dos açúcares contidos na polpa que envolve os grãos, bebida essa que continua a ser feita até hoje em partes da América Latina. Resíduos de chocolate encontrados numa peça de cerâmica maia de Río Azul, na