A questão Judaica
Na metade do século XIX, os judeus tentaram reivindicar uma lei que garantisse o direito de ser judeu. Com base nisto, Karl Marx expõe sua obra criticando a visão de Bruno Bauer, o qual questionava que os judeus só conquistariam os seus direitos se eles se libertassem da sua consciência religiosa. Bauer afirmava que o indivíduo só poderia se emancipar politicamente depois de abolir a religião. O mesmo acreditava que todos deveriam ter os mesmos direitos e que os judeus eram um povo egoísta, pois buscavam privilégios étnico religiosos
Marx contestava e alegava profunda preocupação com a igualdade entre os homens. A dualidade que ele não aceitava era entre o Estado e a Religião, o homem poderia ser igual perante à política, mas com a religião ele se tornaria a essência de si. O estado estabelecia que éramos iguais fronte a lei formal, mas na hora de apropriar-se de algo materializado, por exemplo uma casa, quem poderia comprar era a pessoa que possuísse mais riqueza, por isso a sociedade permaneceria desigual. O que nos leva a crer que a emancipação política era incompleta, precária e também imparcial. Segundo a lei, no papel, poderíamos ser iguais, mas fora éramos totalmente diferentes, porém, o idealismo alemão pensava que essas contradições poderiam acabar se eliminássemos do pensamento essa desigualdade.
Então podemos dizer que em pleno século XIX, Marx já estabelecia que não era com normas jurídicas que o povo iria conhecer a igualdade social, por isso era a favor das políticas públicas, ou seja, de uma revolução.
Por fim Marx evidencia sua tensão em dois escritos (final de 1843) sobre a Questão Judaica de Bauer:
Primeiramente ele crítica Bauer, pois o mesmo ignora as questões sociais e as transforma em questões teológicas sem se dar conta do conflito gerado entre a vida individual e coletiva através da expressão religiosa. A emancipação humana deve sobrepor a religiosa com intuito de fazer valer na prática os direitos de cada ser