Questão judaica
Karl Marx começa seu texto apresentando uma preocupação com a emancipação civil e política dos judeus alemães. Aponta em suas primeiras palavras que “Vós, judeus, sois egoístas se para vós, como judeus, pedirdes uma emancipação especial. Como alemães, deveríeis trabalhar pela emancipação política da Alemanha e, como homens, pela emancipação da humanidade. Deveríeis sentir o tipo particular da vossa opressão e do vosso opróbrio, não como excepção à regra, mas como confirmação da regra.” (pág 35).
Marx aponta que os judeus estão sendo visivelmente oprimidos pelo estado cristão reconhecido, e que “Se reconhecem o Estado cristão como legalmente estabelecido, reconhecem também o regime de geral escravidão. Porque seria, então, penosa a opressão particular, se a ceitam a opressão geral? Por que razão deve o alemão estar interessado na libertação do judeu, se o judeu não se interessa pela libertação do alemão?” (pág 35)
“O Estado cristão, pela sua própria natureza, é incapaz de emancipar o judeu. Mas o judeu – acrescenta Bauer –, pela sua natureza, não pode ser emancipado. Enquanto o Estado permanecer cristão e o judeu continuar a ser judeu, são igualmente incapazes aquele de conferir, e este de receber a emancipação.” (pág 36)
“A que título, pois, desejais vós, judeus, a emancipação? Por causa da vossa religião?
Mas ela é o inimigo mortal da religião de Estado. Como cidadãos? Mas, na Alemanha, não há cidadãos. Como homens? Mas vós não sois homens, como também não aqueles a quem recorreis.” (pág 36 )
“De que modo resolve Bauer a questão judaica? Qual o resultado? A formulação de uma questão é a sua resolução. A crítica da questão judaica é a resposta à questão judaica.
Eila em breves palavras: temos de emanciparnos a nós