A questão judáica
Em suas explanações, Marx critica a religião como uma crítica da concepção de Estado que se constitui como base e estrutura do Estado alemão do século XIX. Para Marx, “a religião é o soluço da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de uma situação carente de espírito, é o ópio do povo”. Logo, a derrota total da religião se dá quando a sociedade toma consciência de que a religião impede a transformação da sociedade, alienando o homem e criando “uma consciência invertida do mundo”. Contudo, só se torna possível depois da destruição das raízes sociais desta, no caminho da construção do comunismo.
Marx aponta a liberdade, a igualdade, o direito de propriedade e a segurança constantes da Declaração dos Direitos do Homem como sendo de natureza egoísta, pois se fundam na requisição de defesa de interesses individuais. Sobre a capacidade de judeus se tornarem livres, Marx afirma que a possibilidade de que isso aconteça depende da decisão dos judeus em abraçar o cristianismo em dissolução, ou seja, o iluminismo e no abandono das bases profana do judaísmo.
Marx revela uma simbiose existente entre o judaísmo e o dinheiro que garantiu ao judeu uma emancipação à maneira judaica, emancipação esta fundada no poder financeiro que garantia até o controle sobre a política. Por fim, o dinheiro se descola dessa relação simbiótica para se impor ao mundo através da essência do judeu