A psicologia social européia
No Capitulo III – A psicologia Social Européia - do livro Psicologia Social de Jorge Correia Jesuíno, o autor propõe uma exposição de algumas idéias advindas da psicologia social produzida pelos europeus, bem como explicitar alguns aspectos sobre seu desenvolvimento. Apresenta também a história dessa linha epistemológica dentro da psicologia social, comparando-a com a Psicologia Social Americana ou normal (PSA), através de seus paradigmas métodos, autores e publicações, e defende a PSE como uma linha diferenciada da PSA. Para isso, Jesuíno utiliza dos conhecimentos advindos de sua licenciatura em Filosofia pela Universidade de Lisboa, de seu doutorado em Sociologia pela Universidade Técnica de Lisboa, e do atual posto como professor no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa na área de Psicologia Social e Organizacional.
Na primeira parte do texto Jesuíno responde a pergunta título “Uma psicologia social européia?”. O autor argumenta que a PSE é um movimento institucionalizado objetivado, não inventado didaticamente por alguns autores. Argumenta que a PSE tem contribuído significativamente para construção de conceitos relacionados às identidades de grupos, tendo um campo teórico próprio e sendo inclusive reconhecida pelos próprios autores que participam desse campo. O autor explicita também seu descontentamento com divisões geográficas de disciplinas das ciências sociais, indicando que a maneira correta para essa divisão é a análise por questões internas culturais e sociais de cada corrente. Partindo dessa perspectiva, a PSE pode ser caracterizada por uma tendência menos individualista, mais filosófica e consciente da história, sendo conhecida pelo seu domínio das relações intergrupos.
Na segunda parte Jesuíno nos apresenta a pesquisa de Scherer, em que ele, através de questionários, busca a opinião de cerca de 80 psicólogos sobre a PSE, tanto psicólogos americanos quanto europeus. Através dessa pesquisa