Revisão Fundamentos Epistemológicos e Históricos da Psicologia Social Européia
Contexto Histórico e Político de Desenvolvimento
A Psicologia Social Europeia se desenvolve em um contexto de guerras, a saber, a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, o que acarreta em crises socioeconômicas e um sentimento de humilhação nos países derrotados. São essas características que possibilitam a ascensão de um líder carismático e totalitarista que consegue unir povos até então "diferentes" através de um ideal comum.
É através dessa união, ou seja, a dos valores coletivos em detrimentos dos individuais, que possibilitam os acontecimentos de diversas atrocidades, o que chamaria mais a atenção das ciências psicológicas para o poder da cultura sobre o indivíduo.
Principais Representantes
Os principais representantes foram, inicialmente, Wilhelm Wundt, Émile Durkheim e Sigmund Freud, e mais tarde, com a criação da escola de Frankfurt, surgiram Theodor Adorno, Max Horkheimer e Walter Benjamin.
Principais Concepções
As raízes da Psicologia como Ciência Social datam do fim do século XIX e início do século XX, e estão presentes nos trabalhos de Wundt com a sua "Psicologia das massas", Durkheim e "o Fato Social", e Freud com "a Psicologia das Massas e Análise do Eu".
No princípio, Freud iniciou seus estudos baseados em teorias Wundtianas, e percebeu que a consciência era apenas a ponta do iceberg. Sendo assim, o principal foco da Psicologia Europeia passou a ser entre o individual e coletivo, pensando a diferença entre consciência e cultura, pois para Wundt, Durkheim e Freud a cultura é algo que precede a consciência dos indivíduos e é externa a ela.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, questiona-se como seria possível oferecer resistência psicológica aos atravessamentos existentes na cultura, visto a facilidade com que uma sociedade esclarecida permitiu a ascensão de Hitler ao poder e o massacre por ele realizado. Um ícone importante nesse questionamento foi a escola de