Trabalho de solidão

Na psicanálise a solidão é considerada um mecanismo de defesa e se encontra intimamente ligado às doenças mentais.
• Para a psicologia social a solidão é uma reação emocional de insatisfação decorrente de falta ou deficiência de relacionamentos significativos a qual são incluídos algum tipo de isolamento.
• Na teologia bíblica a solidão é um estado psicológico com uma grande implicação espiritual.
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“É bem possível que a solidão seja a enfermidade da presente década, ou mesmo de todas as décadas dos meados e do último quarto de nosso século XX”.
INTRODUÇÃO
A SOLIDÃO E O CICLO EVOLUTIVO
A solidão é uma vivência que acompanha o indivíduo desde o nascimento – onde o recém-nascido já vivencia esse sentimento de desamparo, separado da mãe – até seu final de vida, sendo que ela é ameaçadora para sua sobrevivência, uma vez que está presente em qualquer momento de separação, rompimento, primeira perda, primeira angústia, portanto, o primeiro contato com a solidão.
De acordo com Klein, o bebê já vivencia essa espécie de solidão, proveniente da ansiedade que surge através do rompimento do elo entre mãe e filho, constituindo também sentimentos posteriores tais quais: abandono, desamparo e outros sentimentos, que por toda a vida poderão causar conflitos que o indivíduo poderá experimentar.
Porém ao mesmo tempo nesse contexto, podemos afirmar que essa emoção é estruturante para o ego, uma vez que, ao sentir a dor da solidão, nos traz à consciência da existência como ser só e único em relação ao outro, e que o outro é diferente de nós.
E é assim que a angústia de separação força o nosso sentimento de identidade, bem como nosso conhecimento do outro, o que como afirma a psicanálise o outro que seria o objeto, que deve se distinguir do sujeito: “O caráter precioso do objeto e do sujeito deriva de que cada um é único, nasce de sua solidão”.
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