A Psicologia de 1850 a 1950
Há milhares de anos atrás, desde que o Homem se percebeu como um ser pensante, inserido em um complexo que chamou de Natureza, vem buscando respostas para suas dúvidas e fatos que comprovem e expliquem a origem, as causas e as transformações do mundo. Não obstante, o comportamento e a conduta humana são assuntos que sempre nos fascinou e estão registrados historicamente ao longo desses anos. Isso faz com que a Psicologia seja uma das mais antigas e uma das mais novas disciplinas acadêmicas, criando assim esse paradoxo.
A arqueogenealogia de Michel Foucault estuda o corpo, a alma moderna e a psiqué enquanto “conceitos-chave” na produção de discursos historicamente situados, como também enquanto elementos de incidência das forças dos poderes e dos saberes, que se articulam estrategicamente, na história da sociedade ocidental. Neste sentido, através da enunciação e da materialidade do corpo, “interpenetrado de história", são produzidos discursos, com seus efeitos produtores de verdades, que tanto podem reafirmar como recriar o sentido do corpo presente, sua sensibilidade e seu psiquismo, tanto individual como social, nele emergente.
Por muito tempo se buscou explicações para as questões naturais e humanas através de Personagens Mitológicos. Para os Gregos, os Mitos eram narrativas sagradas sobre a origem de tudo. Eram tudo em que acreditavam como verdadeiro. Os poetas-videntes, que narravam os Mitos, possuíam uma autoridade mística sobre os demais, pois eram "escolhidos dos deuses" que lhe mostravam os acontecimentos passados através de revelações e sonhos, para que esses fossem transmitidos aos ouvintes.
Esses e muitos outros filósofos, que são chamados de pré-socráticos, contribuíram para o rompimento com uma visão mítica e religiosa que se tinha até então da natureza e a partir disso foi adotado uma forma científica e racional de pensar. Sócrates é considerado um "divisor