Michel Foucault - Resumo
O primeiro texto (A Psicologia de 1850 a 1950) faz uma análise sobre a história da Psicologia, desde sua origem, até os dias atuais – refletindo e discutindo as contradições que fundaram da Psicologia. O texto começa falando da Psicologia do século XIX que tinha o objetivo de se alinhar com as ciências humanas, querendo encontrar no homem a extensão das leis que regem o mundo natural, com o objetivo de se tornar um conhecimento positivo. Essa ideia de conhecimento positivo na Psicologia não é aceitável se o homem mesmo não é mais da “ordem do natural”, tendo em vista essa ideia de que o homem não faz mais parte de uma ordem natural e que não pode ser estudado como tal, a Psicologia teve que se renovar, procurar uma nova maneira de entender o ser humano – tentando entender seu comportamento, o atribuindo significados, sentidos. Mas essa renovação, para Foucault, não é algo completo, e sim uma tarefa que perdura até os dias atuais.
Já o texto “A Pesquisa Científica e a Psicologia” ,como o próprio título já diz, fala sobre a pesquisa científica no panorama da Psicologia (com um olhar crítico). Falando inicialmente que a dois modos de se fazer psicologia (científica ou não) e se aprofundando numa discussão sobre ciência, pesquisa e prática na constituição da psicologia. Para o autor, existem dois tipos de psicologia : “filosófica” e “científica” e que a pesquisa em psicologia não seria necessariamente científica, e sim uma escolha entre esses dois tipos de psicologia. Também se fala da pesquisa psicológica na França, ela teria nascido à margem da psicologia oficial, sendo a psicanálise um bom exemplo. É destacada, a intenção polêmica da pesquisa em psicologia, que surge contra um ensino, que está sempre pondo em cheque as bases da positividade da ciência, de sua objetividade. A psicologia se assemelharia a outros campos ao responder por necessidades econômicas, mas