Kumon
A base do trabalho Kumon é a repetição exaustiva de técnicas de cálculo e a auto-instrução; embora as aulas às vezes, sejam dadas em pequenos grupos o que conta mesmo é o trabalho pessoal. Há também subentendida a esse “método” a ideia de que o bom aluno é aquele que responde corretamente ao que se pede.
Além de apoiar-se em um estudo individualizado, o Kumon proclama o "autodidatismo", o "estudo diário", o "tempo de resolução por bloquinhos", a "autocorreção", o "estudo com metas", como características essenciais do método. O Kumon, em sua gênese, defende a aprendizagem como um processo individual, adotando uma perspectiva teórica de aprendizagem na qual o aluno é capaz de aprender por si só, dependendo o menos possível do outro, sendo ele o responsável pela construção de seu próprio conhecimento. Tal perspectiva alimenta e é alimentada pelo modo de produção capitalista que impera na sociedade contemporânea, perspectiva que se traduz na formação de sujeitos competitivos, individualistas, disciplinados e "competentes" que estão sempre à procura do cumprimento de metas.
Sobre a forma de adequação ou não de ensinar matemática é preciso em primeiro lugar considerar o que é exigido do aluno para que ele mostre saber matemática e a forma como os professores ensinam matemática na escola.
Se uma escola considera que saber matemática é fazer cálculos rapidamente, resolver problemas muito parecidos uns com os outros por meio da identificação de uma técnica operatória, e que aprender matemática é fazer listas repetitivas de exercícios e problemas, então é comum que o processo Kumon funcione aparentemente, afinal as bases do trabalho escolar e do Kumon combinam perfeitamente.
No entanto, o mundo de hoje exige a formação de indivíduos cada vez mais críticos, criativos, competentes em tomar decisões e que saibam trabalhar cooperativamente juntos a um grupo. Nesse cenário largamente influenciado pela tecnologia, calculadoras e computadores são usados para