HISTÓRIA DA ANTROPOLOGIA
A antropologia é desenvolvida, a partir do século XIX, em virtude das indagações sobre o gênero humano levantadas a partir dos contatos interculturais decorrentes da expansão colonialista e da comprovação de ser o homem moderno resultante de uma longa história natural. Em seu desenvolvimento ela se ramifica em antropologia física, cultural e social. E em sua história encontram-se quatro grandes períodos relativizados de acordo com sua base teórica.
No primeiro, que durou de 1850 à 1920, a antropologia física esteve presente se propondo meramente a descrever os diferentes tipos humanos correspondentes a grupos sociais observáveis. Sua postura teve como fundamentação o racialismo que, com suas ideias, hierarquizavam as diferentes raças humanas ao afirmar que as características físicas e culturais eram transmitidas naturalmente e eram praticamente imutáveis.
O evolucionismo, presente no mesmo período, baseia-se na ideia de que a civilização é resultado de uma evolução cultural. Sendo assim, as diferenças culturais se devem aos diferentes níveis evolutivos de cada sociedade. Com essa visão dinâmica das civilizações esta corrente afasta-se do determinismo racial e contribui para o desenvolvimento da antropologia social.
No segundo período, datado entre 1880 e 1940, temos o difusionismo partindo do princípio que os traços culturais são criações originais, mas mutáveis de acordo com as pressões do meio. E o culturalismo americano que - com a ideia de que as culturas são realidades subjetivas, independentes das características físicas e quase que insensíveis ao meio – traz uma grande autonomia à antropologia ao afastar-se por completo das ciências naturais.
De 1920 à 1950, se dá o terceiro período. Neste, está o funcionalismo que aparta-se do método “comparativo” ao adotar o estudo integrado de agrupamentos sociais e sua cultural material e simbólica. Tendo esta como sendo fruto das diferentes formas de se atender às necessidades presentes