A prática pedagógica

A Prática Pedagógica do Professor de Química: Possibilidades e Limites
Tatiana Santini Trevisan e Pura Lúcia Oliver Martins
UNIrevista - Vol. 1, n° 2 : (abril 2006)
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Nas análises realizadas procurei mostrar as relações entre o discurso e a prática dos professores, de que maneira os professores pensam e como estão agindo. Ao longo das análises que realizei neste trabalho, momentos discursivos diferenciados estiveram em foco. Momentos estes que foram descritos ao longo da dissertação. Foi possível perceber que esses momentos diferenciaram-se em termos de vários aspectos, como por exemplo, quanto à importância dos trabalhos em grupos. A fala dos professores contempla um discurso mais avançado, denotando características mais progressistas, mas a leitura das observações, como pude ver, é muito diversa, com características de um ensino mais tradicional, que fica no eixo de transmissão-assimilação dos conteúdos, com o uso de métodos e técnicas mais tradicionais. Há um descompasso entre o que eles falam e a observação efetivamente realizada. Eu situo esse descompasso, em primeira aproximação, na formação inicial desses professores nos cursos de Química, que mantém as mesmas dicotomias manifestadas pelos professores na sala de aula.
O estudo revelou que os professores trabalham, em sala de aula, com crenças vindas da sua experiência enquanto estudante, da sua formação profissional. Entendo também que, essa não pode, ou não poderia ser uma desculpa, para tornar o ensino tão asséptico distante da realidade dos alunos. Para tanto, os professores poderiam estar se organizando em forma de coletivos organizados, e também valorizando a
Formação Continuada, como forma de tornar o ensino de Química mais atrativo para os alunos, formando um cidadão que possa entender a sociedade em que está inserido, interagindo com seu meio. É certo que em uma das escolas pesquisadas, os professores se encontram todas as semanas para discussões acerca