A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO
RESUMO
O presente artigo aborda temas que ajudam na compreensão da atuação dos profissionais de Serviço Social no Sistema Penitenciário Brasileiro. Abordando as variadas contradições, dilemas e violações que inviabilizam a implantação de um modelo humanizado. Como metodologia foi utilizada pesquisas bibliográficas. Percebeu-se que nessas instituições os assistentes sociais têm uma prática mais administrativa e burocrática e menos critica reflexiva, o que dificulta o processo de autonomia do indivíduo.
Palavras-chave: Serviço Social, dilemas éticos, direitos humanos, sistema penitenciário.
1 INTRODUÇÃO
O período da Revolução Industrial foi o marco para o desenvolvimento do sistema capitalista, e trouxe consigo uma das suas principais consequências: o aumento da pobreza, que cooperou e coopera para o crescimento da criminalidade em diversos países.
Todo esse desenrolar da pobreza e criminalidade gerou o acirramento da questão social através das suas manifestações (que se tornou objeto do Serviço Social), como a pobreza, violência e criminalidade.
A prática do Serviço Social emerge das relações antagônicas entre proletariado e burguesia, e a sua implantação ocorre dentro dessa conjuntura de acirramento das classes sociais, por iniciativa particular de grupos dominantes ligados a Igreja e ao Estado.
A análise da totalidade é um dos diferenciais da prática profissional do assistente social dentro do sistema prisional, pois o mesmo consegue entender os problemas sociais de forma unificada, como resultado de um modo de produção desigual, explorador e não como resultado de problemas individuais de cada cidadão, como defendem os positivistas.
O Serviço Social tem como finalidade, no sistema prisional, auxiliar ao individuo durante o processo de autonomia perante a sociedade, intervir nos problemas que violam os direitos humanos dos detentos com base no projeto profissional, além de