A profissão de docente
A função de ensinar é muito anterior ao processo de criação das primeiras instituições educadoras da História. Antes mesmo que a escrita fosse desenvolvida, a oralidade, em conjunto com outros processos comunicativos, teve a importante função de repassar aquilo que era considerado importante.
A necessidade de se colocar pessoas específicas para o ensinamento de certas habilidades já aconteceu no Antigo Egito, quando a função de escriba era preservada pela constituição de escolas reais que preparavam o indivíduo para dominar essa técnica. No Ocidente, as instituições de ensino variavam bastante de acordo com os valores que predominavam em certa cultura.
Entre os espartanos, a educação começava aos sete anos de idade e se preocupava com o aprimoramento das habilidades físicas do indivíduo. Cada criança era mantida por um tutor que desempenhava a função por vínculo de amizade e sem ganhar nada em troca.
Em Atenas, o serviço era feito mediante uma cobrança e cada tipo de conhecimento era delegado a um tipo de tutor ou professor. A educação ateniense contou com três tipos básicos de profissionais do ensino: os páidotribés, que cuidavam do desenvolvimento intelectual; os grammatistés, responsáveis pelo repasse da escrita e da leitura; e os kitharistés, que cuidavam do aprimoramento físico.
No período medieval, o mundo do conhecimento passou a ter um nítido controle das instituições religiosas cristãs. Inicialmente, o conhecimento ali presente ficava somente restrito aos próprios membros e aspirantes da Igreja.
No Brasil, o domínio clerical às instituições de ensino findou depois que o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas da colônia. Após tal medida, a própria Coroa designava quem poderia exercer funções pedagógicas. A profissionalização do educador brasileiro começou a ser desenhada em 1835, quando a primeira escola de educadores foi criada na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
No século XVIII, surge a preocupação de clarear o