A problematização
A noção de progresso comumente aceita é a de crescimento, linear, quantitativo e também qualitativo no sentido de trazer melhorias. Ex., o crescimento econômico, que traz progresso, mas o autor chama atenção para um limiar em que o progresso pode não ser benéfico, pode gerar subprodutos indesejáveis ou estes subprodutos acabam se tornando os produtos primários.
Na análise de Morin uma pergunta se faz essencial, por que não consideramos, nas esferas humanas e sociais, a ideia de progresso compartilhada pela própria natureza?
Buscamos no princípio entrópico a noção de progresso (evolução natural) do mundo físico, ou seja, o universo evolui, como um todo, seguindo a degeneração (fator qualitativo de atribuição humana), a desordem, embora localmente o contrário possa acontecer. A vida seguem o mesmo caminho, quando segue sua tendência natural a degeneração. Para Morin devemos rever nossa noção de progresso. Propõe então um “Progresso na ideia de Progresso” para sua forma complexa e não comumente aceita, como linear, simples e irreversível.
Para abordar a problemática do conhecimento propõe uma hierarquização entre Sabedoria, Conhecimento e Informação e sendo assim, trabalha essencialmente com a contraposição destes dois últimos termos.
Conhecimento é mais que informação, para se atingir o conhecimento é preciso informação, mas não é só isso. É preciso estruturas teóricas para comportar essa informação. Quando possuímos demasiadas informações e uma estrutura que não as suporte nos sentimos perdidos em um mar de informações desencontradas. Muitas vezes sentimos isso ao ler um jornal, por exemplo.
Uma análise possível desse contraponto é pela via da contraposição entre o homem do século XVII e o homem do século XX, os primeiros possuíam uma quantidade de informação limitadas a respeito de seu mundo e desta forma podiam articular suas relações para atingir algum conhecimento, o homem do