A prisão como espaço de aprendizagem e socialização
Lucivânia Rosino Da Silva
Resumo O presente artigo nos faz refletir sobre a prisão como espaço de aprendizagem e socialização. Para isso, nos reportaremos aos protagonistas que atuam como parceiros nesse espaço e vamos pensar sobre estratégias de organização da aula nas penitenciarias onde favoreçam a relação entre os jovens apenados, professores e sociedade. Segundo Onofre os presos fazem parte da população dos empobrecidos, produzindo por modelos econômicos excludentes e privados de seus direitos fundamentais de vida. Ideologicamente como “pobres”, aquele são jogados em um conflito entre as necessidades básicas vitais e os centros de poder de decisão que as negam. São com certeza, produtos da segregação e do desajuste social, da miséria e das drogas, do egoísmo e da perda de valores humanitárias. Por sua condição de presos, seu lugar na pirâmide social é reduzido à categoria de “marginais”, “bandidos”, duplamente excluídos, massacrados e odiados.
Introdução
Sendo assim para que cada sujeito aprisionado seja transformado nem sempre é uma tarefa fácil. Numa sociedade tão hierarquizada e onde os privados de liberdade são estigmatizados e geralmente desenvolvem as ocupações mais subalternas, nas quais o que mais se tem a fazer é obedecer a uma serie de ordens e são treinados a seguir orientações. Não é de estranhar que tenham a necessidade de criar situações em que demostrem que no momento à sala de aula na prisão é o único espaço na vida desses apenados onde a pratica de pensar de forma organizada tem lugar. Pois devemos fazer com que eles acreditem que este espaço represente para eles acreditem que este espaço represente para eles um lugar de recolocação social, de sociabilidade, de formalização do saber e desenvolvimento pessoal. Poderíamos afirmar