A presença do Negro no Jornalismo
O Brasil pode ser um país conceitualmente miscigenado, mas apenas em conceito, porque na prática essa “mistura” por assim dizer, é inexistente.
A raiz do problema se encontra muito abaixo das camadas superficiais, o que chega através da mídia é apenas um reflexo de uma sociedade desigual em todos os sentidos. Discordo de muitos pontos de vista da filósofa petista Marilena Chauí, mas assistindo a um vídeo no Youtube, encontrei alguns pontos interessantes. Segundo ela, a classe média é a “uma abominação política, porque ela é fascista. Ela é uma abominação ética porque ela é violenta, e ela é uma abominação cognitiva porque ela é ignorante.” Ela ainda afirma que, a mídia é controlada por essa classe média, e não me incluo nela, o governo gosta de dizer que eu e a minha família pertencemos a classe média, pra nos deixar felizes, o nosso poder aquisitivo aumentou, sou consumidora então sou formadora de opinião, mas as pesquisas, o que se lê, o que se come, o que se veste, esta na mão da burguesia paulistana, que manda na mídia, manda nas propagandas. Consumimos o que eles aprovam. E é claro que eles desaprovam os “trombadinhas”, os usuários de crack, etc.. . Afinal não acho que seja um problema étnico e de fato não é, já que nunca ouvimos falar de um gene encontrado no negro que faz com que ele assalte pessoas , e use drogas, entre outras coisas... Mas infelizmente, nas comunidades mais pobres a população é negra... são herdeiros de um povo machucado, escravizado, sofrido, que ainda sofre com a desigualdade e muitas vezes desconta na violência. E é noticia.
Além da ausência de imagens positivas , a pouca produção de notícias com foco racial, são apenas alguns dos desafios que a imprensa brasileira precisa enfrentar. O censo 2000 do IBGE trás dados alarmantes... O jornalismo é uma das profissões com a menor proporção de negros no país: 15,4% contra 82,8% de brancos, o que só favorece a visão estereotipada da raça.