A preparação das aulas
Edson do Carmo Inforsato
Robson Alves dos Santos
Departamento de Didática,
Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Araraquara
Uma das grandes questões que podemos levantar acerca da aula é a forma como os docentes a preparam e, a partir dessa preparação, como podem atingir mais facilmente os objetivos traçados.
A preparação da aula, aqui entendida como todo o momento que propicie aprendizagem, é o grande trunfo para que os alunos possam aproveitá-la ao máximo, mantendo uma relação eficaz com os conteúdos para poder apreender aquilo que o professor propôs como objetivos de ensino. Por isso, evidentemente, não se pode aceitar que a aula seja um momento de improviso, no qual o professor aja livremente sem fazer conexões e articulações com assuntos já desenvolvidos, com os conhecimentos prévios dos alunos, sem estrutura de sucessões de atividades que não cumpram propósitos de aprendizagens definidos.
A aula, como toda atividade humana que ocorre de modo formal por meio de condições estabelecidas previamente, requer organização mental para sua realização. Organizar-se para a ação é um ponto importante para o aumento da probabilidade de sucesso de qualquer empreitada dessa natureza. Assim, se queremos que haja êxito em nossas ações, temos de recorrer a um planejamento eficaz, que possibilite a ocorrência delas com base em objetivos e metodologias. Planejar, como sabemos, é uma atividade inerente ao ser humano. Quando alguém pensa em viajar em um feriado começa a pensar em ações e condições necessárias para que a viagem possa acontecer - meios de transporte, meios financeiros, alimentação, estadia etc. A atitude de planejar acontece naturalmente, justamente pelo fato do homem precisar organizar-se mentalmente para dar início a atividades e realizações.
Planejar é o ato de se pensar na situação partindo de objetivos e, mentalmente, de projetar ações para que estes sejam alcançados. Desse ato prospectivo, ato mental como