A política de aristóteles
O talento de adquirir um bem parece com a arte militar ou com a caça. O escravo só entra como coisa ou instrumento. A natureza distingue o gênero dos animais uns se reúnem em bandos, outros são solitários, uns são carnívoros, outros frutívoros. Todas essas diferenças também se notam na vida do homem. Alguns preferem a vida pastoral, outros são caçadores. Mas a maioria dos homens tira o alimento do seio da terra. A própria guerra é um meio natural de adquirir, a caça faz parte dela, usa-se desse meio não apenas contra animais, mas também contra os homens que, tendo nascido para obedecer, se recusam a fazê-lo. Este tipo de guerra nada tem de injusto, sendo por assim dizer, declarada pela própria natureza. As verdadeiras riquezas são as coisas necessárias e úteis à vida, não é difícil determinar a quantidade necessária para o bem-estar. Produto da arte e da experiência. A natureza não faz os bens para troca, são os homens que uns possuem mais e outros menos, foram levados a este acaso à troca. A natureza não criou o comércio para revender mais caro. A troca era somente para a necessidade de satisfazer o necessário a sobrevivência. Torna-se necessário a troca quando estão em grandes sociedades, e após a separação das propriedades. O comércio dirigido pela razão é que cria a ideia de moeda. Com a invenção da moeda, para as necessidades do comércio, origina-se uma nova maneira de comerciar e adquirir. É o lucro pecuniário. A natureza vede fornecer nosso sustento, ou do seio da terra ou do mar, ou de qualquer outra maneira. É a moeda que torna a trazer moeda, gênero totalmente contrário a natureza. Ter conhecimento das coisas, antes de adquiri-las: saber quais são as melhores, onde se encontram, e qual é a maneira mais vantajosa de obtê-las, por exemplo, quais os melhores