A poluição do ar em ambientes internos e a Síndrome dos Edifícios Doentes
A preocupação com a Qualidade do Ar Interno (QAI) surge como ciência, devido à tendência de construção de edifícios selados. A má qualidade deste ar deve-se principalmente a ausência de ventilação e esta associada a doenças respiratórias ( tosse, rinite, alergias, agravamento de asma, etc...) e à Síndrome dos Edifícios Doentes(SED). Estudos da Agencia de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) indicam que as concentrações de poluentes nos ambientes internos podem chegar a 5 vezes ao de ambientes externos. Essa baixa qualidade do ar é causada principalmente pela má higienização dos dutos e aparelhos de ar condicionado e a falta de ventilação. Principais fatores relacionados a SED são: aerodispersoides (poeiras, fibras), bioaerossois ( fungos, bactérias e vírus), contaminantes químicos COV ( compostos orgânicos voláteis) e folmaldeído; contaminantes gerados pelo metabolismo humano, ventilação inadequada, etc... Para ser considerado um edifício doente é necessário que pelo menos 20% de seus ocupantes apresentem sintomas como: irritação de mucosas, efeitos neurotóxicos, sintomas respiratórios e cutâneos e alterações dos sentidos, por no mínimo 02 semanas, sendo que estes desaparecem quando se afastam do local. As principais doenças associadas a poluentes biológicos são:
Mal dos Legionários ( bactéria gram negativa do gênero Legionella);
A febre do umidificador (exposição a toxinas de microorganismos que crescem nos sistemas de ventilação dos edifícios);
Asma brônquica (espasmos relacionados a inalação de aerossol biológico);
Pneumonia alérgica ou alveolite extrínseca;
Pneumonia (infecção pulmonar associada a bactérias).
Os principais contaminantes não biológicos