A Poesia Marginal

A Poesia Marginal, também chamada de Geração Mimeógrafo, eclodiu nos anos setenta, deixando um interessante legado para muitos poetas e escritores. Esse movimento possui um nome um tanto quanto pejorativo devido a certos autores que editam seus poemas com recursos próprios e de varias maneiras, como por exemplo a substituição do papel por tecidos e objetos.
Muitos poetas ainda vivem a discriminação das editoras, tendo de confeccionar seus próprios poemas, mimeografá-los e reuni-los em um livreto muito precário. Para os poetas “marginais”, não havia uma forma definida para o poema, tudo era válido, pois o poema para eles era vida. Faziam uso de uma linguagem "livre" e expunham o que queriam escrever da forma que bem entendessem, até mesmo com palavrões e vulgaridades, pois para eles qualquer expressão era poesia.
É difícil de julgar esse tipo de poesia, mas penso que a poesia é uma forma de expressar os diversos afetos da nossa alma mediante a pensamentos e reflexões, sendo assim não considero correto dizer que poemas que não possuem estéticas não serem de fato poemas, porque até mesmo autores renomados conhecidos por seus poemas cheio de estica, quando querem fazer referência a algo que os incomodam fazem o uso do estilo da poesia marginal e, nem por isso tem as sua poesias consideradas como marginais, então quando ouço poesia marginal entendo isso com um tom pejorativo e hipócrita, rotulado por aqueles que já tem o seu nome feito na “praça.” Por que não só geração do mimeógrafo? Entretanto tenho que reconhecer que ao que parece esse tipo de poesia inicialmente não tinha o intuito do que eu citei a cima (manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante a pensamentos e reflexões), ao ler vários artigos relacionados a essa temática percebi que: a poesia marginal aparentemente foi criada como forma de protesto subjetivo pelas insatisfações ocasionadas pela burguesia, já que de outra forma não poderiam faze-los devido a vigilância minuciosa das forças militares