A pessoa com deficiência e sua realidade nas estatísticas brasileiras
Dados recentes do Banco Mundial apontam que existem pelo menos 50 milhões de pessoas com deficiência na América Latina e no Caribe, o que representa aproximadamente 10% da população regional. A deficiência é uma importante causa e consequência da pobreza. Cerca de 80% das pessoas incapacitadas dessas regiões vivem na pobreza, o que na maioria dos casos também afeta os membros da família. Estima-se que 68 milhões dessas pessoas vivem nesse estado de extrema pobreza, num círculo vicioso, no qual deficiência gera pobreza ou pobreza gera deficiência.
Quando o assunto é Educação, apenas entre 20% a 30% das crianças com deficiências estão matriculadas na escola, sendo a baixa frequência escolar delas a consequência da grave falta de transporte, da escassez de professores treinados, de equipamento, mobília, material didático e acesso à infraestrutura de ensino adequado.
Em Honduras, a taxa de analfabetismo das pessoas com deficiência é de 51%, em comparação a 19% da população em geral. No México, esse índice está abaixo de 10%. No Suriname, 90% das crianças com deficiências estudam e frequentam escolas especiais isoladas, enquanto que, no Brasil, estima-se que apenas 20% das escolas públicas estão acessíveis.
Em questão de Serviços de Saúde, a maioria das pessoas com deficiência não dispõe desses recursos, sem ter acesso físico a hospitais, ficando mais propensas a ser rejeitadas pelas seguradoras de saúde. O resultado disso é que não são oferecidos serviços importantes ou dispositivos para ajudá-las. Nos países em que existem dados disponíveis, menos de 20% dos incapacitados recebem benefícios de seguro.
De certa forma, a realidade brasileira é um pouco diferente, para melhor, do que as realidades da América Latina e do Caribe, tendo já avançado em vários setores. Temos a melhor Legislação do mundo referente às questões dessa classe de pessoas. Muitas coisas já foram conquistadas e muitos