a pesca artesanal
Lusa 18 Jul, 2013, 18:45
O investigador Américo Seabra Reis afirmou hoje que o Golfo da Guiné é uma das áreas e rotas de "maior insegurança", onde a pirataria deverá tomar proporções ainda "mais importantes" com o aumento da exploração petrolífera na região.
"Não penso que o fenómeno da pirataria vá diminuir na costa africana oriental, especialmente ao largo da Somália e Golfo de Áden, mas penso que no Golfo da Guiné tenderá a aumentar", afirmou à agência Lusa Américo Seabra Reis, militar na reserva e investigador do Cento de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
O especialista lembrou que o fenómeno da pirataria no Golfo da Guiné está a "tomar proporções importantes" e que na região se têm vindo a verificar ataques cada vez "mais sofisticados".
Uma situação que poderá tomar proporções "mais importantes" à medida que a exploração de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) e a circulação marítima aumentarem ainda mais na região do Golfo do Golfo da Guiné, sustentou.
E tem havido "um aumento considerável dos navios que passam nessas águas", acrescentou Américo Seabra Reis.
Na segunda-feira, navio petroleiro com 24 tripulantes foi sequestrado na costa do Gabão, confirmaram fontes oficiais citadas pelas agências internacionais. O navio terá, ainda segundo as mesmas fontes, sido levado para aguas nigerianas.
Outro ataque deu-se esta semana ao largo da costa do Togo, onde piratas armados em várias embarcações saquearam um navio cisterna.
Suspeita-se que muita da "atividade criminosa" no Golfo da Guiné parta da Nigéria, país onde a pirataria é um fenómeno antigo, explicou o especialista, salientando, contudo, que mesmo assim "não é possível" estabelecer uma "ligação direta" com os grupos rebeldes que operam no Delta do Níger.
"É muito provável que [o aumento da pirataria no Golfo da Guiné] esteja fortemente associado a Nigéria", designadamente ao Movimento para a