A percepção do professor com relação a dança como conteúdo nas aulas de Educação Física
Durante muito tempo em nossa sociedade existe um discurso rotulador do que é apropriado apenas para homens, e o que é apropriado apenas para as mulheres, e isso naturalmente se reflete na educação escolar. Nas aulas de Educação Física, inserir a dança como conteúdo torna-se, portanto um grande desafio, até mesmo por esse receio, que ainda permeia em nossa sociedade, com relação ao trabalho com o corpo. Talvez falar de preconceito para alguns, possa parecer uma idéia bem antiga, mas é algo que ainda está bem presente nas atitudes e comportamentos em relação à dança na escola. Embora hoje não se aceite tanto o preconceito relacionado ao contato com o corpo e com a arte, o que ocorre muitas vezes é que as gerações que não tiveram dança na escola encontram dificuldade em entender o seu significado, sentido e importância no contexto educacional. Esse comportamento pode em alguns casos ter afetado a atitude de alguns professores com relação à dança na escola. A que tem feito com que cada vez mais ela se torne, rara, ou até mesmo inexistente. A extinção da dança na escola torna-se realmente algo preocupante devido a sua grande relevância. Como um dos blocos de conteúdo de ensino (que é abrangido dentro de atividades de expressão corporal), tem o objetivo não só de promover o desenvolvimento físico do aluno, mas como também o cultural e o emocional. Segundo PCNS (Brasil, 2000)
Por meio das danças e brincadeiras os alunos poderão conhecer as qualidades do movimento expressivo como leve/pesado, forte/Fraco, rápido/lento, fluído/interrompido, intensidade, duração, direção, sendo capaz de analisá-los a partir destes referenciais; conhecer algumas técnicas de execução de movimentos e utilizar-se delas; ser capazes de improvisar, e por fim, de adotar atitudes de valorização e apreciação dessas manifestações expressivas. (p. 53)
Muitos hoje ainda vêem a dança apenas como