A Paz de Vestefália

A Paz de Vestefália

A história da Paz de Vestefália, a qual também é conhecida como os Tratados de Münster e Osnabrück que designou uma série de tratados que encerrou a Guerra dos 30 anos e também reconheceu oficialmente as Províncias Unidas e a Confederação Suíça. O professor catedrático e diretor do departamento de Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa, Luís Moita, aborda no texto a importância desse fato histórico na história das Relações Internacionais e se o mesmo deu origem a um moderno sistema de Estados-Nações, os quais dotados de soberania em um determinado território, tendencialmente laico e ainda relacionados com o principio do equilíbrio de poder.
O autor se refere a vários outros autores que compartilham do estudo das Relações Internacionais, os quais dizem que os Tratados de Vestefália de 1648 teriam assinado a origem dos Estados-Nações e que Vestefália teria sido um importante momento de transição entre a cristandade medieval e a modernidade das potências estatais que repercutiria de um Estado vestefaliano. Mas para o professor Luís Moita, o evento de Vestefália poderia ser um dos mais distorcidos por quem estuda o internacional e que falar que a origem do Estado moderno e o conceito de soberania se deram nesse fato histórico seria um equívoco.
Uma guerra religiosa, um confronto entre as potências da época, um choque entre interesses dinásticos e uma rebelião dos príncipes alemães contra o Imperador do Sacro Império Romano-Germânico desencadearam a Guerra dos 30 anos. Tratou-se de uma guerra religiosa, pois em 1517, Lutero afixou suas 95 teses como um ato simbólico dando origem a reforma protestante. A partir desse momento, essa nova confissão se espalhou rapidamente pela Europa aderindo números príncipes alemães, bem como zonas como o Reino da Suécia e a Escandinávia, as quais eram locais importantes. Logo mais, Calvino proclamou uma doutrina próxima a de Lutero, a qual se espalhou a partir de Genebra pelo norte da França