Coluna
Após alguns cálculos, percebi que com esse dinheiro aproximadamente 6.238 pessoas viveriam mensalmente durante um ano com um salário mínimo. Pode essa quantidade de pessoas não ser tão alta, todavia se considerarmos a quantidade de atletas, não só do futebol, como de todos os esportes que recebem salários altíssimos, teríamos números exorbitantes. Diante das informações de que mais de 2,5 bilhões de pessoas vivem com renda diária inferior a dois dólares (R$ 2,27), e, mais agravante ainda, mais de 1 bilhão vivem na pobreza extrema, com menos de um dólar por dia, penso se as coisas não estão cada vez piores e mais desiguais. Digo isso chocado, pois sou um apaixonado pelo futebol daqueles que não perdem um jogo do seu time, que leem todas as notícias do esporte e que como muitos, vai ao estádio e ajuda a pagar esses salários.
Fico imaginando uma utopia em que não há essa disparidade absurda, onde todas as crianças da África poderiam comer diariamente e beber água potável quando tivessem sede. Claro que a culpa disso não é do Cristiano Ronalo, do Messi ou do Neymar, apenas gostaria que eles não ganhassem mais que um juiz federal, um médico, um professor universitário. Como disse Luis Fernando Veríssimo, se referindo à John Lennon na sua coluna de segunda-feira (16/09/13), “imagine”, imagine um mundo sem desigualdade. Falamos muito sobre os políticos, porém, eles são apenas umas das parcelas da sociedade que precisam mudar.