Platão e Fiorin
Metáfora e metonímia são duas figuras de linguagem, mais concretamente, constituem figuras de palavras.
A metáfora é uma figura de linguagem que indica duas características semânticas comuns entre dois conceitos ou ideias. A metáfora é importantíssima na comunicação humana. Seriamente praticamente impossível falar e pensar sem recorrer à metafóra. Uma pesquisa recente demonstra que durante uma conversa o ser humano usa em média 4 metáforas por minuto. Ex: A lua é uma bola de queijo. Neste caso, a lua é caracterizada como uma bola de queijo porque tem crateras, assim como alguns queijos. Os buracos são então o traço semântico comum entre os dois.
A metonímia, também uma figura de palavra, está relacionada com uma relação de continguidade/proximidade entre duas ideias ou conceitos. Ex: Ele bebeu o copo inteiro. Neste caso, a pessoa não bebe o copo, e sim o que estava dentro do copo.
A nível linguístico, a metonímia tem uma função significante, em que a parte é tomada pelo todo. Outro exemplo disto é uma vela que representa navio. A conexão entre navio e vela acontece no significante, a cada palavra é construída a ligação onde se sustenta a metonímia.
Linguisticamente, a metáfora é verificada entre dois significantes, existindo uma substituição, onde na cadeia significante um assumo o lugar do outro.
Metáfora e Metonímia - Psicanálise
Jacques Lacan, psiquiatra e psicanalista francês foi responsável por introduzir os conceitos de metáfora e mentonímia na psicanálise, sendo que com isso, esses conceitos ultrapassaram uma simples categorização da retórica. Jacques Lacan define a metáfora como um nonsense (não-sentido) da cadeia significante, que resulta da justaposição de significantes. De acordo com Lacan, o processo metafórico e metonímico não são separados.
Metáfora e metonímia estão relacionados com conceitos elaborados por Freud, sendo eles deslocamento e condensação, ligados à Interpretação dos Sonhos. Lacan relacionou estes