A paixão no banco dos réus
1° Caso
Em 14 de Agosto de 1873 José Cândido de Pontes Visgueiro, desembargador da relação, aos 62 anos, matou Maria da Conceição de 17 anos por quem estava apaixonado, movido pelo ciúme e pela impossibilidade de obter a fidelidade da moça, que era prostituta. (A mãe era quem vendia a própria filha a qualquer um.) A paixão ou o sentimento de posse do desembargador era tão grande, que ele ao se dar a ela na rua, ajoelhava-se e beijava-lhe os pés.
2° Caso José Ferraz de Almeida Junior foi morto por seu primo, José de Almeida Sampaio. Sampaio se sentiu traído, por sua esposa Maria Laura, Sampaio já tinha ouvido a respeito da traição, mas confiava na esposa, no dia 13 de Novembro de 1899 Sampaio viu os amantes chegarem de viagem e não se conteve, matou o primo com uma faca.
Maria Laura separou-se do marido após o crime.
Meio século, mas tarde, a neta de Maria Laura, Sônia Pereira Mendes, foi vítima de crime passional, tendo sido assassinada com um tiro no peito.
Foram dois crimes de “honra” em meio século na mesma tradicional família paulista.
3° Caso
No dia 15 de Agosto de 1909 o professor e escritor Euclides da Cunha foi morto a tiros, pelo tenente Dilermando amante de sua esposa Anna da Cunha.
Dilermando foi absolvido porque matou Euclides por legitima defesa.
Dilermando casou-se com Anna e tiveram cinco filhos e viveu feliz até Dilermando se interessar para outra mulher, Anna só o perdoou em seu leito de morte aos 75 anos.
Anna morreu no dia 12 de Maio o mesmo dia e o mesmo mês de seu casamento com Dilermando. No dia 13 de Novembro de 1951, seis meses após a morte de Anna aos 63 anos, Dilermando morreu.
4° Caso
No dia 9 de Outubro de 1950, Zuhmira Galvão Bueno, por estar convencida da infidelidade de seu marido, Stélio Galvão Bueno, alvejou-a com dois tiros de revólver matando-o.
Zuhmira foi absolvida do assassinato, mas teve uma pena de dois anos de detenção, por excesso culposo, com suspensão condicional da pena.
5° Caso
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