A paixão no banco dos réus
534 palavras
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Uma das partes mais complexas e detalhadas do direito é a criminal. Ela necessita de uma grande atenção. É constituída por uma teia de pequenas particularidades que podem, se não bem observadas, mudar todo o rumo de um veredicto. O livro de Luiza Nagib Eluf, intitulado “A paixão no banco dos réus” trata sobre esse assunto. Mais particularmente de uma das especificidades do direito penal: os crimes passionais. Dividido em três partes, o livro aborda primeiramente o exemplo de quatorze crimes cometidos com a alegação de serem passionais, ou seja, por amor e paixão. Crimes estes acontecidos dentro de um intervalo de tempo de um século e meio, no qual os valores e condutas evoluíram consideravelmente. Crimes que chamaram atenção por suas brutalidades ou por se tratarem de pessoas bastante consideradas pela sociedade. Iniciando em 1879 com um desembargador que matou uma prostituta, passando por um pintor famoso, por Euclides da cunha, grande escritor que deixou uma grande obra para a literatura nacional, pela atriz Daniela Perez, bastante conhecida na década de 90 até uma jornalista. Esses e outros crimes chamaram a atenção por ter um motivo de alegação em comum. Nesse momento uma pergunta que surge para o leitor é: será que é amor sincero e verdadeiro esse capaz de ferir e matar? Através da leitura pode-se constatar que não. Que o que leva ao crime é o egoísmo, o ciúme descontrolado, a dependência da outra pessoa. Um amor obsessivo que nunca é saudável. Já na segunda parte a autora nos mostra o lado teórico sobre esses crimes, indicando-nos qual a conduta do advogado de defesa e as teorias mais utilizadas para justificá-los, bem como a participação do ministério público que seria nesse caso a parte acusadora, além de mostrar uma sucinta definição do que seria o crime passional. Por fim, fecha o livro em uma entrevista com um famoso criminalista que atuou em diversos casos passionais, até mesmo em alguns dos citados no livro em questão, e dá suas