A otica da sociedade frente a violência juvenil
Rodrigo Almeida Bastos Igor Brasil de Araújo Maria Ângela Alves do Nascimento
Então eu fico me perguntando se seria justo punir apenas quem cometeu a barbaridade e se esquecer de fazer a punição a quem é o culpado por esses jovens terem chegado a essa situação. Porque são milhões de jovens que moram mal, que foram desestimulados a parar de estudar, que não têm perspectiva de emprego. Então eu fico imaginando que se a gente aceitar a diminuição da idade para puni-los, para 16 anos, amanhã estarão pedindo para 15, depois para 9, e quem sabe algum dia queiram punir até o feto, se já soubermos o que vai acontecer no mundo. [...].Eles são, na verdade, o resultado de um momento longo de quase 25 anos em que o Estado brasileiro não cumpriu com as suas funções para com a grande parte do seu povo. [...]. O Brasil tem muitas coisas extraordinárias e precisamos mostrá-las para que sirvam de incentivo às pessoas desesperançadas. (gn) Luís Inácio Lula da Silva. Fonte: Agência Brasil.
Um olhar geral
Uma das estruturas mais destacadas no mundo nas últimas décadas é o realismo dos diálogos; o intento de adotar um forte caráter de harmonia nos ambientes, grupos sociais e, principalmente, na família. De forma alarmante, essa estrutura vem sendo inviabilizada pelo crescente número de atos de violência que afeta, em sua grande maioria, os jovens. Apesar de a sociedade estar aparentemente presa num ciclo de violência, é de conhecimento de todos que esta realidade pode ser mudada com medidas simples, desde trabalhos comunitários até com medidas de política nacional, que devem tratar principalmente da sua base, os jovens, tidos como os que mais matam e os que mais morrem, tornando-se, assim, um problema de Saúde Pública (BRASIL, 2001; LOPES NETO, 2005). Sendo assim, é interessante analisar o Coeficiente de Mortalidade Infantil (C.M.I.) que, segundo LIBERAL et al. (2000), é o indicador de saúde que expressa, além do nível de