O trabalho profissional: instrumentação para intervenção i
Este trabalho tem por objetivo analisar a dinâmica das políticas setoriais, fazendo uma reflexão sobre as mudanças no âmbito e interpretação do significado dessas políticas, procurando identificar os elementos de continuidade e mudança ao longo do tempo. O Brasil apesar das inovações referentes aos direitos das crianças e dos adolescentes persiste em ideias e práticas antigas, que continuam voltadas para situações de emergência, com ações preventivas pouco desenvolvidas entre famílias e comunidade. Neste texto, é analisada a importância da atuação do Assistente Social que contribui no processo de transformação social buscando estratégias que visibilizam a construção da cidadania, um dos meios possíveis de melhorar as oportunidades de vida para a população jovem de baixa renda, na chamada era dos direitos e discutindo um sistema que vise o desenvolvimento integral de todas as crianças e adolescente no Brasil.
DESENVOLVIMENTo
Há duas décadas o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA foi instituída como uma das leis mais bem fundamentadas do país para assegurar que nenhuma criança ou adolescente seja objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. O Estatuto é baseado na doutrina da proteção integral que se traduz nos pressupostos de que criança e o adolescente é sujeito de direito, pessoa em condição peculiar de desenvolvimento e prioridade absoluta. Esta conquista se traduziu numa uma mudança política e ideológica para superação do antigo “Código de Menores”, que se baseava na doutrina da situação irregular cuja ótica era o uso da correção e da repressão como medidas de proteção do “menor”. Partindo desta comparação, claras são as mudanças, mas ainda tímidas e apresentadas como um ensaio geral para uma transformação mais importante: uma cultura de respeito aos direitos de crianças e adolescentes. Nesse entendimento, para a realização plena da proteção integral