A origem das águas de Caldas Novas
A empresa estatal Furnas Centrais Elétricas, foi quem realizou até hoje, maior estudo sobre as propriedades termais das águas de Caldas Novas e Rio Quente. Tal pesquisa seu deu em função da possível influência da barragem da Usina Hidrelétrica Corumbá I sobre o lençol termal da região, que estaria sob o risco de esfriar.
Segundo Furnas, o fenômeno das águas quentes decorre devido a características geológicas e topográficas bastante particulares. As águas são aquecidas com o calor de camadas profundas do interior da Terra.
O xisto e quartzito são minerais comuns no subsolo da região. Ambos são constituídos por camadas impermeáveis. Entretanto, o xisto é uma formação rochosa mais plástica, isto é, mais moldável pelas forças exteriores; enquanto o quartzito é uma rocha mais rígida, sob pressão, permitindo a formação de grandes conjuntos de fraturas. Nessas fraturas de quartzito as águas termais encontram as condições ideais para se formarem.
Com a infiltração da água da chuva no topo das Serras de Caldas e da Matinha, a água quente, confinada sob as camadas de xisto e quartzito, fica submetida a uma pressão muito grande, equivalente à pressão de uma coluna d'água de mais de 600 metros de altura.
Essa água se infiltra por fraturas que atravessamos xistos, interligando a superfície do solo aos quartzitos, permitindo que a água quente, aflore naturalmente, como ocorre na, Pousada do Rio Quente e na Lagoa Quente do Pirapetinga. Essa água sob pressão também pode ser captada antes de aflorar, através de bombas instaladas em poços, como é o caso dos hotéis e clubes de Caldas Novas.
Durante algum tempo, houve o temor de que a água fria da barragem da Usina Corumbá I poderia se infiltrar no lençol termal de Caldas Novas e Rio Quente. Essa preocupação entretanto, não procede,pois as águas do lago estão a cerca de 595m acima do nível do mar, e portanto, bem abaixo de onde se formam as águas quentes, atualmente, na cota 644.
Caldas Novas, com