A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica” de walter benjamin
Para Benjamin, a obra de arte sempre teve um caráter reprodutivo. Não obstante, as técnicas de reprodução se desenvolveram por etapas consecutivas, com início na Grécia Antiga. Nesse período, os processos de reprodução da obra de arte, restringia-se à fundição e ao relevo por pressão. A situação mudou a partir da reprodução do desenho com a gravura em madeira.
Posteriormente, a litografia (desenho em pedra estampado em papel), no início do século XIX, que as técnicas de reprodução fazem progresso. Esse novo processo permite à arte gráfica não apenas beneficiar o comércio com as reproduções em série, mas viabilizar a produção diária de obras, como o desenho. A partir deste, a arte torna-se colaboradora da imprensa.
A partir do desenho e do jornal ilustrado, surge a fotografia que transfere os encargos artísticos das mãos, para os olhos. E, graças às técnicas de reprodução alcançadas na fotografia, encontra-se em o filme falado.
Para Benjamin, cada obra possui sua autenticidade. A esta unicidade de sua presença, está ligada toda a sua história. Na definição do autor, “o que faz com que uma coisa seja autentica é tudo o que ela contem de originariamente transmissível, desde sua duração material ate seu poder de testemunho histórico. Como esse testemunho repousa sobre essa duração, no caso da reprodução, em que o primeiro elemento escapa aos homens, o segundo – o testemunho histórico da coisa – encontra-se igualmente abalado” (p. 225).
Uma vez que, a noção de autenticidade não lhe remete sentido algum, a reprodução técnica mostra-se bastante independente do original da obra de arte. A técnica na reprodução nos remete a experimentações e situações, que o original não nos permitiria, como aproximar a obra do ouvinte, através do disco. Todavia, ainda que não altere o conteúdo da obra, a reprodução, ao