Resenha Crítica

O filósofo, crítico e sociólogo alemão Walter Benjamin, nas primeiras décadas do século passado, escreveu um dos seus textos mais famosos e conhecidos. Ainda hoje, leitura obrigatória nos cursos de Comunicação, nos estudos da arte, A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica impressiona na capacidade de antever aspectos que na época em que foi escrito, ainda davam seus primeiros passos, ou mesmo que já presentes, não tinham a dimensão de hoje.
O texto de Benjamim trabalha a arte em dois momentos, a arte enquanto as "belas artes" e a "arte da comunicação", que seria a era da reprodutibilidade técnica. Benjamin começa argumentando, sobre as mudanças nos meios de produção proporcionadas pelo capitalismo e os efeitos produzidos por elas em todos os domínios da cultura. Um dos efeitos mais notáveis foi o desenvolvimento da reprodutibilidade das obras de artes, visto que elas sempre foram suscetíveis à reprodução. “O que uns homens haviam feito, outros podiam refazer. As técnicas de reprodução, porém são um fenômeno inteiramente novo” (BENJAMIN, Walter pág. 210)
As técnicas de reprodução conseguem transformar as formas de arte do passado, ganhando grandes proporções como também recebendo características novas e próprias, como se fosse uma arte original. “O autor apreende nos objetos e tecnologias modernas a fulguração do instante em que o espírito se ilumina, no encontro com as imagens antigas que atualizam o presente.” (PAIVA, p. 5).
Segundo Benjamin em épocas anteriores a experiência do público com a obra de arte era única e condicionada pelo que ele chama de aura, isto é, pela distância e reverência que cada obra de arte, na medida em que é única, impõe ao observador. Nas sociedades tradionais a sociedade via a arte em forma de culto associadada aos rituais religiosos, já a sociedade burguesa a via distinção de classes econômicas, já que as artes eram únicas, poucos poderiam ter, só o clero e alta sociedade. Mas isso viria a mudar com a chegada do