A noção de sindérese filosofia

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São Tomás explica que[1] no universo há uma ordenação entre os seres de maneira que existe uma como que continuidade entre os vários graus de seres. Assim, não existe uma caída abrupta, a maneira de um degrau, entre duas ordens diversas de seres, mas existe uma continuidade à maneira de uma rampa. E, as naturezas dos seres inferiores tocam, por assim dizer, no seu ápice, ao ponto mais ínfimo da natureza superior. Para entender está afirmação, basta analisar as diversas naturezas. As plantas e os animais constituem dois grandes reinos. Os animais – seres mais perfeitos que as plantas – possuem, além das potências chamadas vegetativas – nutrição, crescimento e reprodução –, as potências sensitivas, apetitivas e locomotoras.[2]

Entretanto existem certos seres como que intermediários entre os animais e as plantas que fazem uma como que transição entre estas duas ordens de seres. No reino animal, há toda uma gradação na qual as potências de locomoção ou as potências sensitivas são limitadas. Por exemplo, existem animais que não possuem a vista, o olfato ou a audição, ou estas potências são muito sumárias.[3] Finalmente, existem certos animais, como os unicelulares, que sem deixar de ser animais, possuem tão primitivamente as potências próprias do reino animal, que quase parecem plantas. De outro lado, existem plantas que, por alguns lados, parecem ser animais e como que encostam – na gama dos seres – no reino animal, como por exemplo as plantas carnívoras.

Pois bem, no universo de seres dotados de inteligência, pode-se distinguir dois tipos de seres: os homens, compostos de espírito e matéria, e os anjos, puros espíritos. A inteligência humana, considerada sob o prisma da pura natureza, é bem menos perfeita que a angélica, pois é discursiva e precisa da investigação através dos sentidos para chegar a conhecer a verdade. Em contraste com o modo natural de conhecer próprio à inteligência angélica.

Agora, conclui São Tomás, por causa do princípio acima citado,

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