Antropologia filosófica de Santo Tomás de Aquino: o conceito de "justiça".
Esta resenha percorre o seguinte caminho: busca contextualizar o pensamento de Santo Tomás de Aquino, isto é, compreender as diversas filosofias que influenciaram o pensamento tomista.
Seu pensamento seria uma síntese da filosofia aristotélica e da tradição cristã, conhecida como “patrística”. Além disso, é preciso considerar o conceito de "direito" e "justiça" na jusridição romana.
Feito esta contextualização, é preciso entender como o conceito de “justiça” é formulado no pensamento tomista. Para isso, os autores buscam entender como Tomas de Aquino concebe o homem e sua natureza.
Ao conceber o homem um animal racional, diferenciado dos outros seres pela razão, os autores analisam o pensamento tomista buscando entender o que é esta razão e de que modo o homem à aplica na experiência cotidiana. Isso é o que Tomás de Aquino chama de “razão prática”.
Para Tomás de Aquino, a razão prática é naturalizada pelos homens, fazendo parte de seus “hábitos”, transformando-se em um conjunto de princípios éticos. O termo “ethos” (ética) deriva do grego e significa “habitus”. Isso ele chama de “sindérese”, que significa que os homens agem racionalmente a partir destas experiências acumuladas e habituais. São as “experiências sindereticas”.
Depois de compreender estas dimensões do homem, sua relação com o mundo, é possível entender o conceito de “justiça”. Esse conceito está relacionado aos conceitos “éticos”, por isso, está relacionado à razão prática.
Enfim, a justiça teria como fundamento esta ética, que por uma convenção sociais pode virar “leis”. Seu objetivo é a busca do bem comum.
Contextualização
O objetivo do texto é introduzir o leitor no universo filosófico medieval, especialmente na filosofia tomista. Seu objetivo central é compreender a construção da noção de “justiça” como fundamental a esse sistema de pensamento.
É preciso destacar os antecedentes que constitui a síntese tomista: por um lado a filosofia tomista é construída por meio da