A nova ordem na política de juros do brasil
A política de juros no Brasil vem surpreendendo ultimamente. Também, para quem viveu períodos com taxas “astronômicas” num passado não muito distante, sabe muito bem o que isso impacta na vida das pessoas e, sobretudo, na vida das empresas. Vamos entender isso.
SELIC é um sistema informatizado que foi criado para gerenciar a emissão e negociação dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. É a taxa de financiamento no mercado interbancário para operações de um dia, ou overnight, que possuem lastro em títulos públicos federais, títulos estes que são listados e negociados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, ou SELIC. É também conhecida como a taxa de juros (referencial) do Brasil definida em reuniões constantes pelo BACEN. Assim, a cada 45 dias o COPOM se reúne e decide se a taxa básica da economia brasileira vai continuar estável, ou se vai subir, ou mesmo cair. Quando o BACEN precisa de dinheiro ele paga essa taxa para realizar a captação. Serve como referência para todas as outras taxas na economia. De uma forma geral, as taxas cobradas pelos bancos comerciais são formadas por vários fatores, entre eles o custo de oportunidade (Taxa SELIC), o risco do cliente, o risco de mercado, o spread, a garantia, o custo de captação, o over head, a cunha fiscal, o volume de empréstimos (provisionamento), o prazo, o apetite pelo negócio, a alavancagem, a forma de pagamento, o valor e o market-share objetivado. Quanto maior um desses fatores ou mais, maior será a taxa cobrada pelos bancos.
Tratando dos títulos públicos, quem deve dinheiro é o governo. É um empréstimo que o governo faz com quem compra o título e o risco de inadimplência quando se trata do governo é mínimo, pois um título do governo que garante a seu portador $100 de juros após 30 dias não tem risco, pois não há variabilidade associada ao retorno.
Agora, um investimento equivalente de $100 nas ações ordinárias de uma empresa,