A nova cultura da aprendizagem
Após muitos anos, se fazia necessário gerar sistemas que aumentassem a eficácia da memória literal, da aprendizagem reprodutiva. É na Grécia antiga que nasce a arte da mnemônica, século V a.C. Utilizando técnicas como a dos lugares (associar cada elemento de informação a um lugar conhecido para facilitar sua recuperação) ou a formação de imagens mentais (formar uma imagem com dois ou mais elementos de informação). Na Grécia e na Roma clássicas, além desse modelo de aprendizagem, estão presentes outros contextos de formação que se baseiam em culturas de aprendizagens diferentes. Além da educação elementar, dedicada ao ensino da leitura e da escrita, na Academia de Platão por exemplo, se recorria ao método socrático, baseado nos diálogos e dirigido mais à persuasão do que à mera repetição do aprendido. Desde a queda do Império Romano até o Renascimento, mal se observam mudanças na cultura da aprendizagem. Já na Idade Média a apropriação de todas as formas do saber por parte da Igreja faz com que a aprendizagem da leitura e da escrita reduza ainda mais seu foco onde o único conhecimento verdadeiro é o religioso ou aquele aprovado pela Igreja. A perda progressiva de controle da Igreja sobre o conhecimento , unida ao impulso que o Renascimento significou para o saber científico, promoveu uma progressiva descentração do conhecimento, processo se completa com uma relativização progressiva de nossos modos de pensar, que não só se multiplicam, como também se dividem. Perdeu-se esse centro que constituía a certeza de